Saberá

Toda a sua vida confiara na ironia. Imaginara que esse traço nascera no lugar habitual: no intervalo entre o que imaginamos, supomos ou esperamos que a vida virá a ser e aquilo em que realmente ela se torna. Assim, a ironia torna-se uma defesa do eu da alma; deixa-nos respirar diariamente. Escrevemos numa carta que alguém é “uma pessoa maravilhosa” e o destinatário saberá deduzir o contrário.

—Julian Barnes (O Ruído do Tempo)

Deixe um comentário

Mantenha-se no tópico, seja simpático e escreva em português correcto. É permitido algum HTML básico. O seu e-mail não será publicado.

Subscreva este feed de comentários via RSS

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.