Covid-19: Uma explicação alternativa
Uma quinta-feira estava tudo normal, designadamente com amigos e conhecidos e na sexta seguinte, o discurso dessas mesmas pessoas mudou imenso, evitaram o que estava combinado, fecharam-se em casa nas mais diversas actividades inadiáveis, saindo logo a seguir para uma tentativa de comprar algo essencial no supermercado, eventualmente papel higiénico. No Sábado continuaram na mesma. Passados dois dias eu era já um irresponsável e um deplorável (para ser simpático), simplesmente por não ver o que “toda a gente” via e continuar a (tentar) fazer minha vida normal, o que rapidamente se tornou impossível. Li algures que esta pandemia até “ex” ressuscitou (muito preocupados suponho), mas comigo foi mais o inverso, porque aparentemente vejo bem. Enfim, tristezas.
No dia em que publico este video, como desde sempre continuo a achar óptimas as minhas chances de sobreviver (e as de todos, na verdade): Na minha faixa etária (45-54) faleceram talvez umas quatro pessoas de Covid-19. Desde Janeiro, na mesma faixa etária considerando todas as causas faleceram 1.226 pessoas. Considerando todas as faixas etárias, não há qualquer registo de mortes em excesso do normal. Os números oficiais podem ser consultados online e quase em tempo real.
Esta entrevista e o que diz o André Dias é discutível, como tudo, designadamente nos assuntos em que os “especialistas” abundam e tudo é emoção (para não dizer histeria e até pânico). Eu andei pelas revistas científicas, ignorei os pasquins e não me dei mal. Não tenho as certezas do entrevistado, a imunidade não é um dado adquirido, contrair mais que uma vez o vírus por esse motivo também não e uma segunda vaga lá para o Outono será no mínimo possível. A grande questão é se o confinamento actual deu resultado ou não. A minha opinião — não a do André Dias —, é que deu algum resultado, mas rapidamente se perdeu de vista o seu real objectivo — evitar o colapso do sistema de saúde (que não andou sequer perto disso) — que foi substituído pelo medo irracional e sem qualquer base científica ou epidemiológica.
Mas esperar coragem dos políticos de hoje é não andar a prestar lá muita atenção e desta vez há uma desculpa: Até o medo está globalizado. O resultado vem a seguir. Mais dificuldades e mais pobreza para toda a gente, com a excepção dos comensais do costume. Se acharem que devem, vejam esta entrevista, não será completa e não explica tudo, mas tem a melhor cronologia de eventos que levaram a este estado de coisas verdadeiramente lamentável.
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