Derrame de ácido arruinou o Rio Febros +
Diz que a Maria Antonieta tem sucessor
E eu digo que os jacobinos têm muitos e prolíferos sucessores. O Jansenista afirma que o Príncipe Carlinhos (sic) lançou um ataque obscurantistista contra os transgénicos, responsáveis por matar a fome a centenas de milhões de pessoas. O meu simples pedido para citar a fonte desta notável informação foi o suficiente para não aprovar o comentário. Os grandes argumentos deste senhor a favor dos transgénicos são “carlinhos”, “baixeza real” e “obscurantista”. Não está mal, para alguém que é Professor Doutor e fala de tanta coisa com tanta propriedade.
Gigantes farmacêuticos acusados de gastar milhões em turismo médico
O turismo científico é outro fenómeno que devia ser observado. Guardian.
Câmaras nos semáforos
Certas localidades nos EUA reduzem o tempo do “amarelo” (abaixo do limite legal) nos semáforos equipados com câmaras. Ignorando os benefícios de segurança do “amarelo”, preferem facturar com quem passa no “vermelho”. Tudo o que é gerido por humanos tem efeitos secundários, boas intenções geram frequentemente todo um conjunto de más acções. Ride Lust.
Derrame de ácido arruinou o Rio Febros
IOL. Um desses competentes gestores que enxameiam as empresas públicas que temos, não “afastou o risco de poluição”? Público. Responsáveis existem? Porque “diluíram” o ácido em vez de o neutralizar no local? Nesta terreola, limpa-se ácido clorídrico à mangueirada.
Uma resposta para“Derrame de ácido arruinou o Rio Febros +”
“Porque “diluíram” o ácido em vez de o neutralizar no local?”
Provavelmente porque nao tinham os meios necessarios para o neutralizar. A neutralizacao de um acido forte como o cloridrico altamente concentrado como neste caso exigiria uma agente alcalino tambem forte e em grande concentracao rapidamente disponivel para reduzir o pH em tempo util.
Sendo Portugal, duvido que os servicos de emergencia se tenham chateado a criar stock rapidamente acessiveis de tais produtos.
“Nesta terreola, limpa-se ácido clorídrico à mangueirada.”
Na falta de melhor de facto a diluicao com agua e o melhor que se pode faze. E tambem uma forma de neutralizacao de um acido (ou alkalis), ja que a agua da torneira tem um pH aproximadamente neutro tem mais ioes OH- disponiveis que eliminam directamente os ioes H+ do acido em questao e por outro lado ao adicionar agua a solucao acida (o pH e uma medida de concentracao de certos ioes em solucoes aquosas) voce reduz em termos relativos o numeros de ioes H+ por mL de solucao (concentracao) aumentando o pH.
Concluindo: o JRF tem razao, as accoes dos servicos de emergencia, apesar de compreensiveis, nao sao aceitaveis porque sao inadequadas para a escala do problema.
Para mim, verdadeiramente grave e a falha que a autoridade (in)competente tem revelado ao longo dos anos no controlo do transporte de substancias perigosas atraves de territorio nacional. As noticias de derrames de acidos nas estradas portuguesas sao comuns e periodicas, o que e uma situacao totalmente vergonhosa com este tipo de mercadoria que tem legislacao sobre as salvaguardas de seguranca a nivel comunitario bastante restritivas e cujo transporte esta a cargo de uma mao-cheia de operadores especializados, perdao, em Portugal creio que o termo mais correcto e “especializados”…
Aqui irritam-me duas coisas: A falta de meios crónica (o dinheiro desaparece, mas os meios teimam em não aparecer) e a desvalorização crónica dos problemas. Não é o Zé da Esquina que ia a passar que desvaloriza, são os responsáveis.
Péssimo. Trata-se de um ácido forte, numa quantidade que aparentemente nem um rio o dilui para níveis aceitáveis — pelo menos sem antes matar toda a fauna. Um rio recuperado há pouco tempo e que atravessa o Parque Biológico de Gaia. Uma vergonha!
Deviam existir meios para neutralizar e para recolher uma boa parte antes que os estragos sejam os que se observaram.
Cá preferiram dar prioridade à legislação sobre galheteiros nas mesas dos restaurantes.
“Cá preferiram dar prioridade à legislação sobre galheteiros nas mesas dos restaurantes.”
Pois agora e que desafinou…
Essa legislacao e outras na area da Saude Publica juntamente com a actuacao da ASAE tem sido das poucas lufadas de ar fresco civilizado nessa aldeia de macacos a que chamam pais. Es pecialmente no pais da UE em que a classe media mais rendimento disponivel gasta em refeicoes fora de casa.
Se nao suspeitava ainda, saiba que a minha dama e sanidade animal e saude publica.
Mas aleluia, concordamos no essencial!
Isto claro, porque de momento (e como sempre) nao tenho tempo (acredite e verdadeiramente pesaroso para mim) para me enfiar numa discussao do arco da velha consigo sobre OGM’s.
;)
Eu já sabia! :) Mas não vamos confundir as coisas — eu não sou contra a ASAE. Até os defendi no Abrupto, contra mais uma atoarda do João Miranda quando resolveram inspeccionar os restaurante chineses. Mas o que é demais é moléstia. Sempre foi.
O que chama “lufadas de ar fresco civilizado”, entretanto tornou-se numa clássica caça à multa. À boa maneira cá do burgo. Inaceitável.
Eu já sei disso! Os seus argumentos sobre OGMs são decalcados dos do João Miranda sobre aquecimento global. Os meus limitam-se a cautela. Tudo que tenda para o equilíbrio está certo. Tudo o que tenda para o desiquilíbrio está errado.
Mas se me puder apontar para uma fonte que justifique a tirada do Jansenista, já agradeço. O homem censurou-me o comentário.
1 – Nao leio esse blog e nao conheco esse blogger.
2 – O principe Carlos e um idiota ponto final. Resultado tragico de excesso de inbreeding na familia real. Em termos intelectuais esta talvez meio degrau acima do Bush com a desvantagem que nem sequer tem limites constitucionais para o “cargo” que ocupa. Nao lhe conheco uma unica opiniao politica ou cientifica devidamente estruturada e fundamentada. Esta ultima bojarda dele sobre os OGM foi pouco mais que uma nova ilustracao.
3 – Fontes sobre OGM’s em termos de Saude Publica:
http://www.who.int/topics/food_genetically_modified/en/
3.1 – Os receios em riscos em termos de saude publica sao semelhantes aos associados a introducao de novos farmacos, alias provavelmente ate bem menores porque ja estao convenientemente mapeados o que e manifestamente muito mais dificil de conseguir com uma nova substancia activa farmacologica devido ao espectro de moleculas e funcoes que potencialmente cada molecula pode ter.
Isto e, os receios em termos de saude publica sao infundados.
4 – Em termos ambientais nao tenho uma fonte com a autoridade do WHO de momento (tempo) para apresentar mas os impactos que vislumbro nao serao maiores (provavelmente ate menores) que as praticas agricolas actuais. Se a agricultura actual e sustentavel e uma questao em si mesma muito mais complexa que os OGM cuja resolucao nao e de forma alguma ajudada com o combate aos OGM.
5 – Ja quanto aos impactos economicos da forma como as patentes de OGM’s estao a ser emitidas ou como isto podera levar a concenracao do agri-business isso suscita-me preocupacoes. Mas isso e uma questao lateral a fundamentacao cientifica (ou antes falta dela) basica para afirmacoes como “os OGM sao o maior atentado a saude publica/ecologico de sempre”.
Quem falou em blogger e blog? :)
É uma opinião. Não concordo.
Não encontrei no seu link indicação que os transgénicos sejam essenciais para alimentar milhões de pessoas.
Isso é peregrino. O que impede os transgénicos de contaminar outras culturas? Nada. A monsanto ainda se dá ao luxo de processar os agricultores que sofrem essa contaminação. Não dá mortos e feridos e bebés deformados? E daí? Não é só isso que está em causa.
Não sou defensor das práticas agrícolas actuais, como sabe. Mas isso é falso, não só as pragas estão a ganhar rapidamente resistência às toxinas produzidas pelos transgénicos, como já foram detectadas em aquíferos; além disso, a fumigação acaba por acontecer. Já tenho publicado muitos links sobre o assunto.
Também já publiquei um link para um relatório que desmonta a tese de os transgénicos serem mais produtivos (Independent). Mas o meu favorito, é da defesa da Bayer em tribunal — o melhor argumento que encontraram para a contaminação foi chamar-lhe “acto de Deus”. Para cientistas, está jeitoso.
Mas não entendeu uma coisa: A parte da ciência já me interessa menos. Onde eu gostava de ser convencido era na resposta a uma questão muito simples, mas que ninguém responde: Para que servem os transgénicos e quem precisa deles?
“Para que servem os transgénicos e quem precisa deles?”
Para que serve o melhoramento genetico das especies produtivas em geral e quem precisa dele?
“Não sou defensor das práticas agrícolas actuais, como sabe. Mas isso é falso, não só as pragas estão a ganhar rapidamente resistência às toxinas produzidas pelos transgénicos, como já foram detectadas em aquíferos; além disso, a fumigação acaba por acontecer.”
Nao, nao e falso porque:
a) resistencias de pragas e fenomeno generalizado e nao circinscrito aos OGM, alias e muito mais intenso e provavel com a agricultura convencional em culturas nao melhoradas porque se usam mais pesticidas em doses mais baixas (porque a tolerancia das plantas e menor) aumentado a probabilidade de aplicar doses sub-letais e mais vezes.
b) a fumigacao ainda e usada com transgenicos no entanto usam-se em menores quantidades no computo geral do ciclo de produtivo das plantas por diversas vias
b1) maior resistencia da planta a pragas
b2) mair tolerancia da planta a pesticidas permitindo aplicacao de doses mais altas e mais letais para a populacao praga alvo com menos aplicacoes ao longo do ciclo produtivo.
c) contaminacao de aquiferos por pesticidas (toxinas tambem sao no fundo pesticidas mas produzidos por seres vivos) nao e tambem fenomeno exclusivo de transgenicos e devido a B a contaminacao de aquiferos sera menor em teros absolutos e menor em termos relativos por unidade de producao (Kg, ton., L…)
“O que impede os transgénicos de contaminar outras culturas? Nada. A monsanto ainda se dá ao luxo de processar os agricultores que sofrem essa contaminação. Não dá mortos e feridos e bebés deformados? E daí? Não é só isso que está em causa.”
Se reparar abordei esse assunto no meu ponto 5.
E e intelectualmente desonesto confundir o debate com objeccoes de cariz socio-economico que sao laterais as questoes de saude publica e/ou ecologicos e que nao adveem directamente da tecnologia em si, mas sim de praticas moralmente reprovaveis de empresas no seu relacionamento com a sociedade.
“Não encontrei no seu link indicação que os transgénicos sejam essenciais para alimentar milhões de pessoas.”
Em primeiro lugar nao e funcao da OMS estudar questoes de “food security” e sim “food safety” porque e um organismo ligado a saude publica. Andar a procura desse tipo de respostas no link que disponibilizei e como perguntar ao canalizador se a agua da torneira e propria para consumo…
Em segundo lugar, o tomate, especie nao indigena da Europa, Asia e Africa, nao e essencial para alimentar Europeus, Asiaticos e Africanos. Alias, nem sequer para alimentar os milhoes de americanos deste mundo e essencial… esse tipo de logica e um pouco escorregadia suspeito eu. Nao confunda o estomago humano com o ser humano.
“Quem falou em blogger e blog? :)”
“Mas se me puder apontar para uma fonte que justifique a tirada do Jansenista, já agradeço. O homem censurou-me o comentário.” José Rui Fernandes 27 de Agosto 2008 / 16:20
A nao ser claro que isto seja uma piada que nao percebi.
[…] elegantemente por considerá-lo um produto do “inbreeding” das famílias reais. Por coincidência o mesmo termo utilizado num comentário do Lowlander. Tal como os profissionais do aquecimento global, fez o seu tirocínio a dar […]
Ah, responde com outra pergunta. Quer dizer que não sabe? Sabe e não quer dizer? Tem uma vaga ideia?
Outra vez: Não compare a selecção à posteriori do agricultor, com a introdução de genes estranhos, cujos resultados são imprevisíveis.
Sim e já era um problema antes, que ao contrário do que diz os transgénicos vieram agravar. Todo esse leque de argumentos é do género da indústria do carvão vir dizer que é inócua porque o petróleo também faz mal. Já existia mal, logo pode existir pior.
Vai ter que informar os agricultores indianos. Arruinados, pelo custo das sementes, pesticidas que têm de aplicar e baixa produtivadade.
Não se esqueça do Roundup Ready®! Resistência total a este herbicida. O que ecologicamente tem tido efeitos igualmente nefastos, com milhões de hectares só e apenas com soja ou milho. É a monocultura radical, versão Monsanto.
Porquê se é uma perspectiva que me interessa? Eu não sou contra nenhuma tecnologia per si, não sou contra a biotecnologia. Os alimentos transgénicos, talvez daqui a 100 anos estivessem prontos a ser introduzidos. Mas não, foram introduzidos atabalhoadamente, sob pressão dos interessados, não foi criado nenhum tipo de controle (designadamente humano), nos EUA é proibido etiquetar (o contrário de obrigatório) e no geral falamos de empresas delinquentes que não olham a meios para atingir fins. São como as petrolíferas, mas a tender para pior.
Ai é? Então queixe-se à Monsanto. Olhe que é a lógica utilizada abundantemente pelos promotores destes produtos, ou só repara se eu utilizar? — São necessários para alimentar milhões, dizem eles! Tem de os informar que já cá temos o tomate não transgénico, não precisamos do lixómetro contaminador deles.
Por fim quando à segurança alimentar humana, é um assunto que ainda está em aberto como sabe. Poucos cientistas existem a estudar o assunto (há poucos fora da alçada da indústria). Os relatórios são quase sem excepção das próprias empresas e não garantem nada. Na prática eles não precisam de provar que não faz mal, os outros é que precisam de provar que faz (uma situação só por si desiquilibrada, porque os criadores estão na posse de muito mais conhecimento sobre o produto a ou b). Quando o fizerem, já muita água passou debaixo da ponte. O tempo corre a favor da Monsanto e eles sabem-no e estão tranquilos.
Referia-me ao valoroso Miranda do Blasfémias, não a esse. :)
não querendo entrar em discussões sobre o sexo dos Anjos, só queria alertar, para o seguinte, sempre que se pensa na melhoria duma especie o principal ponto de estudo é o rendimento por hectare, quanto ao uso de pesticidas eeles são muito menores, pois já ao plantar os milhos hibridos por exemplo , já vão contaminados que chegue, mas no fundo as verdadeiras quest~oes ficam sempre por discutir?
Aonde andam os passaros insectivoros que existiam ?
Aonde andam as joaninhas , que antigamente tratavam as pragas de piolho sem precisar a mão humana?
podemos criar milho e outros hibridos que até nem precisem de ir á terra, mas temos que tentar preservar o pouco que nos sobra!!!!
Em Itália, para uma praga de piolho, compra-se uma caixa de joaninhas e solta-se no nosso pomar, em portugal mata-se tudo para salvar meia duzia de maçãs!!
Discutir os trangenitos e a sua utilidade, tem uma resposta rapida, bastava cultivar os campos que a PAC , Pôs a ganhar mat, pois se se produzem por exemplo 20 Toneladas/ hectare de milhos hibridos, o mesmo se fazia com 5 hectares de milho tradicional e deixava de haver tanto terreno abandonado em Portugal e criava-se a descontinuidade entre areas agricolas e florestais, que é uma das causas dos grandes incendios em Portugal!!!
Enquanto neste mundo se pensar em euros , pouco mais devemos ter para deixar aos que vierem a seguir!!!
legal,matéria muito interessante!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
parabéns e continuem assim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!