O que importa
Após semanas a carregar caixas, estou finalmente a ficar mais livre. De um total de quase 1.000 caixas, carreguei umas 800. De livros na sua maioria. Levei de certa forma um verdadeiro banho de realidade. Os meus dois colaboradores, digamos, colaboraram pouco. Não os tornando radicalmente piores ou maus funcionários que não são, revelaram-se acomodados quanto baste. Estaremos em época de acomodação? Não estamos. Mas tendo praticamente voltado a teoria do oásis, com outro nome, não me parece que exista uma consciência da dimensão do problema por parte da população em geral. E esse estado de coisas é incentivado exactamente por quem devia ter o dever da verdade, o governo. Mas adiante, o que importa é que já arranquei umas ervas daninhas, só para treinar um pouco.
Uma resposta para“O que importa”
Não tenhamos ilusões. Parece verdade que é preciso “isto” bater mesmo no fundo para que as pessoas sintam que é necessário sermos sérios e darmos conta que o problema tem tudo a ver com educação.
É verdade quando diz que isto tem a ver com o governo, mas parece que estão mais interessados em salvar o que “é” deles, do que cumprir a obrigação que têm de tudo fazer para que o povo aprenda a “ler”, ou melhor, não só ler como ser ensinado a ganhar outra mentalidade, sem a qual continuamos eternamente na, cada vez mais e distanciada cauda da Europa!
Andamos a remar contra estes ventos e estas marés.
Será que vale a pena?
Cá por mim acho que sim.
A economia pode vir a ser o catalizador, mas este regime vai cair pela educação e pela justiça. A educação hipotecou o futuro para uma ou duas gerações; sem justiça, a democracia é só de nome.
Não posso estar mais de acordo.