Dias Sem Árvores
A propósito do blog Dias Sem Árvores e do texto sobre o podão no Hospital Magalhães Lemos, uma unidade especializada em saúde mental, hoje ao passar lá, convenci-me que os doentes se amotinaram e gerem os destinos do hospital e daquelas árvores. O podão nos eucaliptos continua e também lá vi um sobreiro que teve a mesma sorte (mas talvez já não pertença à instituição).
Na Avenida da Boavista num antigo palacete um pouco acima do Hospital Militar, começaram obras e imediatamente desapareceram as árvores de grande porte que enriqueciam o edifício e que arrisco serem centenárias.
No IPATIMUP, a empresa Metro do Porto, faz justiça à sua fama de arboricida e a ser verdade o que diz o Jornal de Notícias, abateu sem necessidade umas seis dezenas de árvores já de porte considerável. O IPATIMUP é daquelas raras instituições em Portugal enquadradas num terreno de dimensões apreciáveis onde foram plantadas centenas de árvores que só enriquecem a vida de quem lá trabalha e servem de abrigo aos pássaros que restam naquela zona da cidade (Asprela).
Somos um povo pequeno, de mentalidade pequena, num país pequeno, com cidades pequenas e árvores pequenas.
Uma resposta para“Dias Sem Árvores”
Pois é, às vezes parece que neste país só se gosta das árvores quando se veem os troncos cortados num camião. Por aqui, numa zona em que quase só há eucaliptos, existe um sobreiro com 300 anos que alguém teve a feliz ideia de pedir para ser classificado por um organismo público (direcção geral do património?). Pelo menos esse espero que esteja protegido das serras.
E a saga da Metro continua, enquanto no IPATIMUP após as arvores serem removidas se percebeu que a área intervencionada tinha sofrido uma “ampliação” que não estava prevista, as baterias apontaram de seguida para a escola de enfermagem a propósito do recuo do muro da entrada, mais uma razia. Parabéns, ficamos todos mais tranquilos quando nos trocam um pouco de verde pela visão sublime de um congestionamento de tráfego, no caso o IPATIMUP e outras instituições na Asprela passarão a estar sitiadas pela nova rede viária projectada, já imagino o sublime aroma dos escapes, o melódico trinado das buzinas e os minutos infindáveis para se chegar a qualquer lado. Parabéns! Viva o progresso, projectado nos gabinetes e cada vez mais perto de si!
realmente fica sem as arvores seria muito ruim, imaginem so, as grandes masas de calor que teria-mos.
na floresta Amazonica por exemplo, se não houvesse as arvores o solo seria totalmente imprestavel pois as arvores fornecem abrigo para os animais e fertilizantes naturaris para o solo…pensem em como seria sem as arvores…