Fetos e resumo destes dias


Massa de fetos comuns nos bosques. Apesar das pessoas de cá acharem negativo ter a terra cheia disto, vamos deixá-los em todas as zonas não cultivadas e de características mais florestais. Estes dias foram extremamente trabalhosos e como sempre, a maior parte ficou por fazer.

Além de se terem apanhado as cerejas, regamos as batatas, os feijões e os melões (com regos, mais de meio dia do Cláudio) e a maior parte das árvores (com baldes e regadores). Se ainda não tínhamos mencionado os melões foi porque nos pareceram um caso de insucesso, mas agora no meio da quantidade inacreditável de erva, há para lá umas coisas que se parecem com algo que plantamos, portanto só podem ser os melões. Ah! E o xuxu também pegou! Para quem não sabe o xuxu é uma espécie de pequena abóbora em forma de pêra que nasce numa planta trepadeira de um vigor notável, quase invasor (é necessário andar em cima do acontecimento).
Numa nota muito negativa, parece que vamos ter graves prejuízos nos castanheiros devido a uns visitantes inesperados: toupeiras. As danadas instalaram-se ao lado das árvores e estão a comer as raízes tenras dos castanheiros recentemente plantados. No mínimo meia-dúzia já morreu. Não se notam estes efeitos nas outras árvores.
No campinho, os carvalhos americanos continuam vigorosos, menos um numa zona mais sombria. As cerejeiras bravas já cresceram para o triplo (!) do seu tamanho original — uma delas afinal saiu um acer (acer pseudoplatanus), mas como por sorte ficou numa ponta, esteticamente é aceitável. As bétulas continuam muito frágeis, pindéricas.
Finalmente, iniciamos uma batalha vigorosa contra as silvas. Depois de muito pensar, concluimos que apenas com um herbicida específico (Garlon) conseguiamos dominar a invasão em certas zonas. É certo, que de biológico não tem nada esta atitude, mas vendo o panorama no local a perspectiva é diferente. Esperamos que seja a primeira e última vez que usamos este produto, mas realmente sentimos que não há outra solução. A aplicação é local, silva a silva para minorar ao máximo os efeitos sobre todas as outras plantas. Posteriormente, podemos controlar com a sachola mas a verdade é que da forma que encontramos o terreno, até as árvores estavam a ser sufocadas, não crescendo nada para além do silvado cerrado.

Uma resposta para“Fetos e resumo destes dias”

  1. jacinto fernandes

    Como é que pensam iliminar os fetos?
    Eles existem no solo relativamente húmido e humos, mas parecem-me altamente inconvenientes, Assim, gostava de ser ajudado, Não sou fã de herbicidas, mas talvez tenha que ser. Qual? Também tenho silvas.

  2. José Rui Fernandes

    Não penso eliminar… No Sargaçal vão-se cortando todos os anos. Disseram-me lá que se forem arrancados tenazmente todos os anos acabam por desaparecer. Sempre se evita os herbicidas.
    Para as silvas utilizei um (o único de sempre) chamado Garlon que me arrependo e entretanto foi proibido.

  3. Ana Soares

    Gostava de fazer uma pergunta ao Snr.José R. Fernandes.Porque é que se arrependeu de utilizar o Garlon?
    No meu terreno crescem imensas silvas mas o meu marido recusa-se em por herbicida.Resultado por mais que se cortem temos o terreno sempre infestado. Haverá outra solução mais ecologica?Agradeço a ajuda.

  4. José Rui Fernandes

    Arrependi-me porque é muito prejudicial e até já foi proibido. Mal por mal, podia ter sido algo menos nocivo. Podia ser roundup com óleo queimado (para fixar nas folhas).
    O que quer que utilize, se tal resolver, faça-o só depois de cortar tudo rente e aparecerem os rebentos novos. Sempre minimiza muito a área de aplicação.
    Mas digo-lhe, para silvas solução biológica não conheço a não ser arrancar à sacholada regularmente.

  5. Rogelio Raimundo Dosouto

    Aqui no Brasil usamos o glifosato ou Roundap, nao vejo nenhum mal em usar herbicidas desde que o uso seja conciente e limitado a casos de real necessidade, respeitando as consentraçoes e periodos de carencia para cada tipo de cultura e felizmente com o desenvolvimento da soja transgenica o uso de herbicida pode ser reduzido
    Se nao existisem os defensivos e adubos agricolas a produção de alimentos seria muito menor e a fome no mundo muito maior, estamos aqui graças a tecnologia agricola que aumentou muito a produtividade das lavouras, exemplo :vejam a produtividade de tomate nos USA comparada com o resto do mundo ou a china ! a diferença é muito grande, em todas as lavouras conduzidas com tecnologia agricola a produtividade é muito maior e alem disso a longevidade do ser humano esta aumentando principalmente em paises com alta tecnologia agricola. a maioria das doenças que afligem a humanidade se deve a erros alimentares, obesidade e falta de exercicios fisicos regulares, a tecnologia agricola aliada a ciencias da nutrição representam um progresso que podera aumentar muito a longividade do ser humano e a qualidade de vida alem de poder sustentar uma população mundial muito maior do que a atual, para isso o aumento da produtividade é vital.
    Rogelio urograndis@gmail.com

  6. José Rui Fernandes

    Caro Rogélio, não me importo que faça a sua publicidade, mas pelo menos coloque-a nos posts sobre o assunto. Este post não tem nenhuma relação com as sequóias.

  7. Rogelio Raimundo Dosouto

    Jose Rui Fernandes. Vou prestar mais atenção da proxima vez, empolguei-me e escrevi novamente porque no comentario anterior havia colocado o endereço errado.
    Rogelio de Mairiporã- Sao Paulo – Brasil

  8. Gandufe

    BOA TARDE

    GLIFOSATOS são cancerígenos e há muito devia ser erradicado o seu uso !
    ROUND UP e outros NÃO se devem usar.
    Para eliminar silvas,arranje uma ou mais cabras,que elas adoram-nas.Pode arrancá-las…
    Cumprimentos

  9. Alberto Cruz

    Cada cabeça sua sentença o certo é que ainda há muito por provar. Eu aqui só quero transmitir a minha experiência com a qual eliminei definitivamente as silvas. Cortei todo um monte de silvas rente ao chão e depois apliquei com um pincel o Garlon de forma concentrada sobre o tronco recém cortado e depois de 7 anos nunca mais naquele sítio apareceram silvas.

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