Finlândia do Sul?


Na Quinta, o Cláudio e o Sr. Zé (na foto) foram tratar de limpar e retirar mais alguns bardos. Eu cheguei na Sexta e regressei no Sábado. São bem capazes de ter sido dos dias mais proveitosos.

O Cláudio andava sozinho na Sexta. Chegou “ligeiramente atrasado” e o Sr. Zé, não vendo ninguém, foi-se embora. Apareceu depois do almoço.
Comecei por amontoar duas carrelas de folhas. O monte vai baixando de semana para semana, à medida que se decompõe. Enquanto eles limpavam, plantei os nove Castanheiros que “sobraram” da semana passada. Ficou demais.
Transplantei quatro Pessegueiros com o Sr. Zé e depois fui à entrada colocar quatro Cedros-de-itália. Foi necessário limpar o local, era só pedras, demorou mais que o previsto.
No Lameiro da Gracia, plantamos 15 Tílias e 12 Carvalhos-vermelhos-americanos. Andava a plantar as tílias com o Cláudio quando passam dois cães. Atrás vinha o Sr. Abel. Justificou-se, mas eu além de dizer “boa noite” não lhe perguntei nada. Ia ver a água para o Sr. Fausto. Falou para mim todo vénias e salamaleques, como nada se tivesse passado. Que Dr. Jekyll.
No campinho (que vou passar a chamar Campo das Cerejeiras Bravas), plantamos 17 Cerejeiras bravas e três Cedros-de-itália. Ficou cheio; já lá andavam outras oito Cerejeiras, cinco Carvalhos-vermelhos-americanos e um Ácer.
No geral estas árvores florestais são minúsculas, super-frágeis e de aspecto pindérico — pedi grandes, mas se isto é grande vou ali e já venho. Não estou com grandes esperanças que irão muito longe. Se para o ano tiver que plantar outra vez os mesmos locais, tenho de repensar o assunto. Apesar do preço ser ridiculamente baixo, pode ser que necessite de árvores mais desenvolvidas e envasadas. É trabalhoso demais para andar a repetir muitas vezes. Não percebo como é que se plantam florestas com arvorezinhas deste calibre. Claro, que se todas crescessem como as cerejeiras do ano passado, aumentando uns 300-400% (e uma em particular uns 1000%), seria maravilhoso. Vamos lá a ver.
No Sábado já estava bastante cansado e queria regressar cedo, mas fiquei a queimar coisas até quase às 20h. Um frio de rachar. Na sexta, parecia Verão. Chuva nem vê-la.
No regresso ainda me ri um bocado com o Eng. José Socrates. Não é que seja para rir, eu é que não consigo evitar. O homem prometeu um milhão e seiscentas mil coisas. Ocorreu-me que estaria a ouvir um programa de governo (ou eleitoral ou lá que é) da Finlândia… de há 25 anos atrás. Pouco depois entram os analistas, tentam explicar o inexplicável. Um (do Público) fala do exemplo finlandês e irlandês. Esbocei mais um sorriso. Pelos vistos não fui o único a pensar que durante os próximos quatro anos vou ser finlandês.
Estou muito cansado.

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