Chegaram 244 árvores

Finalmente chegou a maior parte das árvores que encomendamos. Só falta plantá-las. Apesar de maiores que as do ano passado, ainda as acho bastante pequenas. Espero que vinguem.
15 x Acéres (Acer pseudoplatanus)
30 x Cedros-do-oregon (Chamaecyparis lawsoniana)
15 x Cedros-do-atlas (Cedrus atlantica)
20 x Cedros-do-buçaco (Cupressus lusitanica)
40 x Cedros-de-itália (Cupressus sempervirens)
20 x Cerejeiras-bravas (Prunus avium)
20 x Carvalhos-vermelhos-americanos (Quercus rubra)
40 x Bétulas-portuguesas (Betula celtiberica)
20 x Freixos-europeus (Fraxinus excelsior)
24 x Tílias-prateadas (Tilia tormentosa)

Uma resposta para“Chegaram 244 árvores”

  1. armando

    Excelente escolha. Onde é que se podem arranjar esses cedros?

    Boa plantação. Aproveita o bom tempo que eu vou fazer o mesmo.

  2. jrf

    É um meu amigo que é eng. florestal que me arranja as árvores, através da empresa onde trabalha (Silvapor). Eles só vendem em quantidades enormes (os mínimos da tabela por espécie são 1000), mas ele arranja-me em múltiplos de cinco (falhou uma Tília) a preços muito bons.

  3. cerveira pinto

    É óptimo saber que há alguém assim empenhado em plantar árvores. Peço apenas que tenham em atenção às espécies autóctones do vale do Bestança e que tentem, tanto quanto possível, plantar dessas espécies.
    Sabiam que no ribeiro de Barrondes (um afluente do Bestança)abaixo de Tendais, existe uma mancha considerável de azevinhos? (espécie protegida).
    Bom trabalho e até breve.

  4. jrf

    Este é um assunto com várias opiniões. A verdade é que não sei o que é autóctone do Vale do Bestança. Por exemplo, esta é uma zona com alguma predominância de castanheiro, mas não acho que seja uma árvore autóctone — pode estar estabelecida há centenas de anos, mas não é cá originária.
    Nós não vamos plantar nada em massa. O critério que utilizamos, além da beleza de cada espécie (para o nosso gosto), é que primeiro de tudo não sejam invasoras; segundo que se adaptem bem ao local sem qualquer esforço especial da nossa parte (cobrir os citrinos já é uma excepção) — não queremos espécies exóticas (no sentido restrito do termo — palmeiras e afins); terceiro que sejam espécies alternativas ao binómio pinheiro/eucalipto e que tenham alguma resistência ao fogo.
    Dito isto, temos planeada a plantação de alguns exemplares mais raros, mas que não alteram em nada o equilíbrio do local (Sequóia Gigante, Cedro do Líbano, Áceres diversos…) — um pouco na lógica de parque natural (não quero dar ideia de pretensioso, até chegar lá, passam 20 ou 30 anos).
    Já nos tinham falado dessa mancha de azevinho, mas nunca a vimos. Aliás, o trabalho é tanto que pouco temos explorado a zona a pé (tenho umas botas de caminhada por estrear há uns seis meses). Também pensamos em plantar azevinho e loureiro (também para fazer saborosas espetadas).

  5. cerveira pinto

    Claro que, nesse sentido, também não sei o que é autóctone do Vale do Bestança. O termo não estava de facto bem aplicado. Serão, talvez, as espécies dominantes e as, aparentemente, estabelecidas há mais tempo. O castanheiro deverá ser uma introdução romana. As palmeiras, embora não sejam predominantes no vale do Bestança, foram utilizadas, sobretudo em determinada época (período barroco), nas casas senhoriais, assim como o cipreste. Esta espécie não será propriamente exótica e foi introduzida na Península Ibérica pelos árabes (como memória da sua terra), assim como os citrinos de forma geral (laranjeira, tangerineira, limoeiro, etc.)
    Na Península Ibérica situa-se o maior palmar (ou palmeiral) da Europa, em Elche, perto de Alicante (Espanha).
    Não sou nenhum especialista, bem pelo contrário, apenas gosto de árvores, do Vale do Bestança e da minha terra. Parece-me que o mais importante será mesmo o cuidado revelado com a introdução de “infestantes” e a diversidade. Quanto ao resto as árvores são como as pessoas – cidadãs do mundo…
    Bom trabalho, boas espetadas e os maiores sucessos, é o que posso desejar.
    P.S. – Ah! A mancha de azevinhos já tive a oportunidade de visitar e de facto o acesso é bastante complicado, talvez seja por isso que perduram…

  6. José Fragoso

    Felizmente acedi a este site. Digo isto porque procurava alguem que me desse algumas informações sobre cerejeiras bravas (florestação), nomeadamente sobre os procedimentos a ter com a plantação, assim como os cuidados a ter nos primeiros cinco anos do povoamento.
    Se, tiverem oportunidade para tal ficaria muito agradecido.

    Atecipadamente grato

    J. Fragoso

  7. José Rui Fernandes

    Caro José Fragoso, eu plantei talvez umas três dezenas de cerejeiras bravas — varetas minúsculas — com resultados mesmo bons. Algumas foram as árvores que mais se desenvolveram no primeiro ano (uma passou de 30cm para 3 metros).
    Mas não sei nada sobre plantação em larga escala. Se for o caso, acho que devia contactar um eng. florestal, até para ver as características do solo, quantidade, tamanho inicial…
    Basicamente, o compasso deve ser 2x4m (o meu foi 4×4 ou 5×5); eu costumo fazer uma cova bem grande e incluir bastante matéria orgânica (composto), mas é inviável em larga escala; um amigo meu eng. diz que a floresta não é regada, mas nos dois primeiros anos convém, para dar uma ajuda às árvores se estabelecerem. Poda não é necessária, a menos que seja para corrigir a formação.

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