Em chamas

Às 16h26 o Cláudio telefona-me a dizer que o Sargaçal está a arder. Os citrinos já estavam arruinados. Não deixaram passar do estradão com as mangueiras que lá temos. Os bombeiros apareceram, ajudaram (também com as nossas mangueiras) e foram-se embora. Continuou a arder em baixo e vai na direcção do Lameiro da Gracia.
Pela descrição, começou no mesmo local de há dois anos. Na altura, prontamente me disseram que tinha sido uma avioneta que passou… Pois. Hoje deve ter sido o Concorde, ou então o Barão Vermelho.
Ninguém aparece para ajudar.
Entretanto, liga-me outra vez para eu dar o nome e morada para a GNR. Vamos entrar nas estatísticas. Pelo que me apercebo, a esta distância, tudo se desenrola na maior das calmas e segundo o figurino.
Telefono outra vez. Chegou ao nosso largo. Os bombeiros voltaram, andam a ver o andamento. Diz que daí já não passa — eu gostava de ter a certeza. Vai em direcção à estrada e à casa do Sr. Tibúrcio.
Está a arder há quatro horas.

Uma resposta para“Em chamas”

  1. OLima

    Nem quero imaginar a sensação de raiva e impotência por ver que pouco ou nada se pode fazer numa situação dessas, muito especialmente quando se apostou tanto e se trabalhou mais numa terra de que se gosta tanto. Um abraço sentido. Octávio Lima (ondas2.blogs.sapo.pt)

  2. Carlos Chaves

    A natureza é das coisas de que mais gosto.
    E nem consigo exprimir a revolta que esta história dos incêndios causa em mim.
    Este país está um pardieiro.
    Só lhe posso dizer que não desista.

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