Poluição de Natal

O Papa Bento XVI diz o Natal está inquinado pela “poluição comercial”. Ao que eu acrescentaria a poluição luminosa e visual. Nota-se que o português médio está muito preocupado com a conta da luz e é detentor de elevados padrões de bom gosto.

Uma resposta para“Poluição de Natal”

  1. Paulo Siruffo

    Vosso sítio é muito lindo.
    Obrigado por nos oferecê-lo.
    Voltaremos aqui tantas vezes quanto possível.
    Receba nosso fraterno abraço brasileiro.

  2. cerveirapinto

    A celebração do Natal deve ser, neste momento, uma das manifestações mais anti-cristãs da humanidade. Tudo, literalmente, parece ir contra o que rodeou o nascimento de Cristo há dois mil e cinco anos atrás…
    Por outro lado, esta deve ser, seguramente, a melhor época para avaliar do “défice cultural” do povo português. Como representaria agora Ramalho Ortigão a figura do Zé?

  3. carla afonso

    Que o Natal se tornou na maior treta da sociedade de consumo não é novidade para ninguém.

    Que os pais Natal a subir varandas de prédios e casas, todos eles made in China registe-se, invadiram o país de Norte a Sul ( estive no Sul e confirmei que por lá são iguaizinhos!) também ninguém ignora.

    Agora que o Sargaçal tinha ganho um prémio… isso sim é uma notícia fantástica. Gostei de saber. parabéns. A militãncia vale sempre a pena! Olé!

    Já agora… porque nem tudo é mau gosto nas iluminações natalícias… digo eu… passem na Avenida da Boavista e olhem para as árvores que estão junto ao joalheiro Rosas e Rosas, em frente ao Hotel qualquer coisa. Lindo!

    Abraços natalícios mas cada vez menos consumistas a todos, mas especialmente ao sargaçaleiro mor!

  4. Zeak

    Ainda bem que cheguei aqui.
    Já vi e revi, mas tenho de ir pregar para outra freguesia.
    Mas antes das despedidas, informo que a clonagem foi bem sucedida.

  5. Nuno Ferreira

    A celebração do Natal deve ser, neste momento, uma das manifestações mais anti-cristãs da humanidade. Tudo, literalmente, parece ir contra o que rodeou o nascimento de Cristo há dois mil e cinco anos atrás…

    Para uma data tão católica (ou cristã), é interessante ver como tem por base, como quase todo o panteão cristão, pelo menos dois ritos pagãos: as Saturnalias e o Solstício de Inverno – que no calendário Juliano se celebra a 25 de Dezembro.

    Para variar, a Wikipedia tem toda a informação:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Christmas

    Quanto às luzes, apesar do kitsch, do foleiro e da falta de sentido cívico nesta fúria consumista, temos problemas bem mais graves para resolver do que estar agora a teimar em dar na cabeça ao Zé Povinho por estourar a electricidade de 3 meses em 15 dias, ou estourar o subsídio de Natal em presentes para a família e para os amigos.

    Algumas das melhores memórias da minha infância foram de Natais que passei em família (algo que depois de adulto infelizmente já não repeti), e da expectativa da consoada, da conversa com os meus primos e irmão sobre que presentes íamos ter, da excitação de acordar e abrir os presentes, a alegria de quem dava ao ver os nossos sorrisos.

    Não me lixem, sou tão anti-consumista como qualquer pessoa aqui, e não sou sequer católico ou cristão, mas o Natal faz parte da nossa herança cultural, e apesar do aproveitamento descarado que todos fazem desta data, não é razão para dizer “Odeio o Natal!”.

    Já temos demasiadas coisas neste país, e no mundo, que nos fazem azedar a nossa fé na humanidade.

  6. jrf

    Virtualmente todas as datas cristãs, designadamente as importantes, coincidem com datas pagãs, julgo que não será coincidência. Foi uma das formas de converter os povos com tradições por vezes milenares.
    Para mim as recordações da infância, não são minimamente maculadas pelo ambiente natalício de hoje. Tenho no entanto pena que a Luisa e o Pedro, estejam sujeitos a este ataque absolutamente sem quartel. De qualquer modo, nunca irão dar o valor que eu dava à festa, porque o que recebem durante todo o ano constantemente, não o permite — nem a reunião da família é igual, nem a nossa posição geográfica com vizinhos da mesma idade, etc. A menos que se entre numa escalada de presentes (leia-se valor) que para mim não tem lógica. Prefiro ensinar-lhes o valor de um bom livro e de partilharem entre eles o que recebem. Gostava que daqui a uns anos possam ter recordações gratas, as deles, não as minhas.
    Quanto a odiar o Natal, nem eu nem quem comentou o diz, mas seria de perguntar aos proprietários de legítimos pais-natais chineses, que se vêm enforcados nas varandas em todo o lado, porque odeiam tanto o Natal. Quando escrevi, havia 1/10 aqui à volta, se fosse hoje, tinha dito mais umas coisinhas.
    Também não sou anti-consumista no Natal. Acho que as pessoas devem saber o que dão e porque dão. O senhor Franklim resumiu na passada Quinta-feira (sim, porque esta conversa surge em todo o lado) o que é o Natal hoje. Diz ele que lhe dão coices todo o ano e depois na noite de Natal lhe dão um par de peúgas ou uma garrafa de Whisky. No dia seguinte está tudo na mesma. Numa palavra, hipocrisia. E eu concordo, toda a gente aqui teve pudor de usar a palavra, mas é o que se passa. Vai de encontro ao que diz o Cerveira Pinto.
    Quanto à fé na humanidade, pela minha parte, o que não existe não azeda.
    A única coisa que eu desejo é que toda a gente possa passar um Natal feliz, pelo menos em paz no seio da família.

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