E para este ano?

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Estava para não escrever este texto. Quando pego em listas de “coisas para fazer” com mais de dois anos, mesmo do início, às vezes parece que as escrevi ontem. Tão pouco tempo passou e tanta ingenuidade que se foi — sobraram as listas. Não há grande propósito em criar grandes expectativas, que não seja para tortura da mente. Mesmo assim, vou arriscar, numa base estritamente realista.<br />
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Plantar árvores
Muito menos que o costume, no máximo umas 50. Temos montes encomendadas, mas prefiro plantá-las por aqui, estilo viveiro, até ganharem pujança para as levar para o Sargaçal. Também enviei, vai fazer dois meses, uma lista para Villar d’Allen e nada. Não interessa, realisticamente falando, este ano não vou ter tempo para plantar 200 ou 300 árvores.

Transplantar árvores
Essencialmente os citrinos que foram afectados pelo incêndio e que agora estão numa zona que considero de protecção. De qualquer modo já temos o sítio ideal, dará trabalho. Também duas groselheiras e uma Uva-espim rasteira que sobrou.
É de evitar estes transplantes. É por isso que um dos princípios da permacultura é observar o local durante um ano antes de começar a plantar furiosamente. Claro que não fiz isso.

Cuidar das árvores plantadas
A única atitude que tomamos remotamente parecida com investimento, foi a plantação de uns 130 castanheiros. Devem sobrar uns 30. Não insistiremos sem antes ter rega a funcionar. Os castanheiros revelaram-se bem mais sensíveis que tudo o resto.

Rega
Enterrar 100 metros de tubo de 2″ no lado direito do Lameiro da Gracia.
Fazer derivações do ramal principal de 2″, com tubo de 3/4″, para as árvores de fruto, incluindo os castanheiros que sobram. Isto não sei se é realista, pois os que sobram estão algo espalhados, tenho de ver melhor. Será para alguns pelo menos.

Restaurar o palheiro pequeno
É o local onde queremos guardar os materiais e ferramentas. Mas é tão pequeno e frágil que não sei como vai ser, sem desvirtuar completamente as suas características. De qualquer modo, algo tem de ser feito, porque daqui a pouco está no chão. É o da foto (
bem melhor no Boassas).

Restaurar o palheiro grande
Terá de ficar habitável. Também não é fácil manter as características dando uma nova utilização. Mas encontra-se na mesma situação, ou algo é feito, ou vai parar ao chão. De qualquer modo, não queremos perder aquele ar de algo que parece que ali está desde o início dos tempos.

Arranjar os dois tanques
Está no topo das preocupações. Precisamos dos 120.000 litros de água no Verão.

Vedar junto ao caminho de cima
Também é muito importante. É por lá que entra a maior parte do gado que se passeia alegremente pelo terreno. Ainda não decidimos que tipo de vedação queremos. O bonito é caro, o feio é barato. Temos de arranjar um compromisso aceitável.

De resto, as limpezas habituais (que agora são uma fracção do que foram de início) e pouco mais. Nada de horta, nem qualquer cultura sensível, nesta fase seria só para adicionar aos problemas. Estes quatro últimos pontos, já não dependem de mim, no sentido físico. Não serei eu a fazer de certeza, tenho é de trabalhar para pagar a quem faça. De resto, temos arquitecto e vontade para avançar mais um pouco.

Em casa, para breve a já referida instalação dos painéis solares térmicos, dos quais darei notícias posteriormente. E mais uma série de pequenos arranjos, a começar pela porta da frente, ontem. Vivemos numa casa problemática, fruto de vigaristas vários, que por via de experiências anteriores com a inenarrável justiça que usufruimos aqui na nação, não foi mentalmente possível persegui-los judicialmente. Somos quase veteranos nessas andanças, com quatro processo debaixo do cinto (para não dizer debaixo de olho, como na gíria judicial), dois como réus e dois como acusação. E anda-se para aí a cozinhar (é a palavra) um quinto, por via de uma insuspeita empresa de segurança — o terceiro como réus. Um dia destes conto.

Uma resposta para“E para este ano?”

  1. Green Man

    Tanta coisa para fazer… tanto trabalho, tanto prazer!
    Tenho tanta falta de mexer na terra!…
    Há mais de um ano que não passava por aqui porque perdi o link! Estou feliz por ter regressado. As vossas “desventuras” animam-me até eu não ter a minha “toca”.

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