Surpresa ao fim da tarde

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Não só me sentia mesmo em baixo, como o tempo começou a mudar rapidamente, menos o frio. O dia resumiu-se a carregar lenha e água. Pouco depois das três já chuviscava e depois começou a chover mesmo. Tive ainda tempo de podar seis pequenas pereiras e outras tantas pequenas macieiras. Também preciso de ir até ao terreno para não fazer nada. Nestes dois anos e meio, tem sido sempre a dar, este ano acho que me vou dedicar à contemplação.<br />
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Para o caso de estarem curiosos, informo que o meu funcionário predileto não apareceu. Apesar de ter combinado comigo, andava num terreno mais abaixo, onde contamos umas 11 pessoas para trás e para a frente a fazer uns bardos. Na Quinta também tinha combinado, nada. Sexta, idem. Mas este mês há uma nuance… É que me telefonou no início do mês a pedir para ir, porque precisava de trabalho (vulgo dinheiro). Lá inventei que fazer e aos meios dias de cada vez (situação que por princípio me desagrada), conseguir cobrar-me três dias inteirinhos. Agora diz que vai para Espanha para a construção civil… Não há paciência, nem esperança.
Resolvemos ir visitar o senhor Franklim. O meu pai tinha um importante assunto a discutir com ele: De que era feito um picante que ele me tinha oferecido há uns tempos.
Mas havia uma série de carros… Era o dia da assembleia geral da Associação para a Defesa do Vale do Bestança e também da Associação de Promoção da Ribeira de Tendais — é uma outra associação que partilha a sede, junto à escola de Vila de Muros, que à partida irá fechar este ano. Isto das escolas é revoltante. Uma coisa é saber de números pelos jornais, outra é conhecer uma escola condenada. Enquanto houvesse um aluno que fosse, a escola devia estar aberta. Se há coisa que todos os contribuintes deviam pagar, é a educação das crianças. Gostava de saber quanto custa ao Estado cada aluno das aldeias… Este Estado ladrão, deve gastar mais em clips e fotocópias do que com todos os alunos das aldeias juntos. Isto é pavoroso (
sobre o assunto, no Bioterra).
Bom, entramos, as “urnas” já tinham fechado e procedia-se à leitura de uma série de formalidades da Associação de Promoção da Ribeira de Tendais (da qual me hei-de fazer sócio, um dia destes) e eleição dos corpos sociais por unanimidade. De seguida, orelheira de porco, gambas, vinhaça forte e feio e outras coisas. Eu cá comi um pão sem nada. O meu pai, atacou. Não está cá com meias medidas. Adora. Confesso que eu adoro que ele adore. Diga-se o que se disser, nestas duas associações, fominha ninguém passa. É demais.
E regressamos. Passei o Domingo quase todo na cama, para aprender. O Bend it Like Beckham é uma maravilha de um filme. A fotografia do pequeno palheirito também já tinha recebido um postal no Boassas, numa outra perspectiva.

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