A (minha) jornada humana (3)
No site da UPS, dizem que respondem às questões “within the next business day”. No meu caso, demoraram só 15 “next business days”. Hoje recebi um telefonema de uma funcionária que me ia explicar o inexplicável.
Como sabem, a (minha) jornada humana começou quando decidi participar no projecto Genographic. Depois continuou já nas vorazes manápulas da UPS.
Atalhando pelo mais fácil, a primeira factura é de 42,50 euros e a segunda de 40,63 euros, porque há um erro informático. Afinal é a mesma factura, sendo a segunda definitiva. Se quiser a factura correcta, tenho de telefonar para lá a reclamar. Começou bem. Pessoalmente nem percebo como uma empresa deste calibre pode ter a porta aberta.
Quanto aos 42,50 euros, é para emitir a carta de porte. Não está incluido nos $26,50 USD que paguei pelo transporte porta a porta.
Mas não se trata de nenhum serviço, tal como a factura da National Geographics, é um documento que acompanha o transporte (na verdade acaba por ser um número). No descritivo da factura, apenas referem “Doc. trânsito”, assim mesmo, bem encriptado para não existirem dúvidas. A funcionária teve de ouvir, porque não consigo manter a calma perante tamanha ladroagem.
Agora espero que na National Geographics apertem com a UPS nos EUA e que algo de positivo resulte daqui. Pela minha parte, vou tentar informar a DECO do sucedido e talvez a inspecção das actividades económicas.
Por fim, a única coisa que posso dizer é que tenham muito cuidado ao importarem com transporte assegurado pela UPS. Se o valor declarado for mais de 22 euros, a embalagem terá de ser desalfandegada e arriscam-se a passar pela vossa própria “jornada humana”. A UPS em Portugal não é uma empresa idónea. Cuidado com a UPS.
PS: Passados 22 minutos do meu último mail para a National Geographic, recebi uma resposta a dizer que já tiveram uma reunião com a UPS onde as minhas reclamações foram apresentadas. Voltarão a ter uma reunião sobre o assunto, onde esperam que a UPS corrija situações futuras. Também têm esperança que a UPS extorne o dinheiro de situações passadas.
Este tipo de resposta é a diferença entre um país civilizado e outros. Também tem algo que ver com a própria educação do povo, além da cultura da empresa. Nos EUA, como cliente, sempre me senti a pessoa mais importante do Mundo. Cá, honrosa excepção para uma mão cheia de empresas, sempre me senti como a maior inconveniência do Mundo. Eu compro e fazem-me o especial favor de vender. O Armando do Coisitas, queixa-se de algo parecido em Leiria. É geral.
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