Ticotico

Ainda mal tinha colocado o texto anterior e já há gente a bater-me à porta porque no blogue de referência (auto-promovido a “dream team”) continua o ticotico, agora com a vantagem de já ter visto o filme.
Entre mais uma caterva de asneiras com o bias habitual, não há que negar uma verdade na forma de uma piadinha fina já habitual:

O filme está em exibição num shopping da periferia para onde todos vão de carro

Para mim, acabada a discussão do aquecimento global e das suas causas antropogénicas, devia-se passar à fase das soluções. As soluções até ver, nunca passam por reduzir nada, apenas aumentar até ao infinito, como se somando a produção de energia eólica às centrais a carvão, o CO2 se evaporasse. Ninguém está disposto a abdicar de nenhuma mordomia do Mundo moderno e os que dizem que estão não o fazem. E mesmo que o fizessem, todos os povos em desenvolvimento reclamam o seu direito a poluir e viver o modo de vida ocidental. Isto para quem está em paz e sem fome, porque em guerra e com fome, o CO2 é mesmo a última das preocupações. Não está fácil para os ambientalistas e só pode ficar mais difícil.

Uma resposta para“Ticotico”

  1. Os habituais debitadores de tão ilustre e magnânime sapiência, como os há muito referenciados bloguistas por demais conhecidos pela sua tão conhecida, nootável e incrível inteligência e profunda visão sobre certas questões só me fazem lembrar de dois provérbios:
    “Pior cego é aquele que não quer ver” e “Em terra de cegos quem tem olho é rei”, esta última obviamente porque a cegueira é tanta que julgam mesmo que estão em terra de cegos e consequentemente tanto se armam em, e querem ser, reis… Mas normalmente como quem tem o rei na barriga, tem é uma barriga cheia de nada, é deixa-los andar e deixa-los a palrar…
    Não vale a pena gastar energia com quem não vale a pena. Há melhores usos para ela.
    De resto esse tipo de pessoas para além de tudo sofre é de um déficit de atenção, dar-lhes atenção nunca resolverá os seus problemas, só os agravará.

  2. Rui Semblano

    Pois eu “varri” o Blasfémias de vez (incluindo os links, n’A Sombra). É que não há pachorra e, além do mais, aquilo já é mais futebol que outra coisa.
    Penso que terá os dias contados.
    É questão de haver um desaguisado interno e a autofagia fará o resto. Em todo o caso, perdia o meu tempo – e há tanta coisa interessante para ler e conhecer na Blogosfera!
    Como aqui, por exemplo!

    Um abraço e bom fim-de-semana.
    RS

  3. jose rui fernandes

    Nisso tens razão Zé, mas agora que a poeira começa a assentar, acho que vale a pena gastar um pouco de tempo a relembrar certas coisas e constatar outras. Talvez até no Blasfémias o ridículo tenha limites.
    Dito isto e sendo agora auto-proclamados “dream team” pelo encantador CAA, acho peculiar entre tanta e tantas inteligências, nenhum se predispor a comentar os textos do caçador de gambuzinos… Pelo contrário, a ideia que dá é que têm todos a mesma religião e uma cartilha muito bem decorada.

    Caro Rui, de facto perde-se um bocado de tempo (mas não muito, lê-se na diagonal). Eles são um pouco os mestres do óbvio em 80% dos posts, embora acabe por dar jeito para andar um pouco actualizado, já que não vejo televisão e pouco leio jornais. Dito de outra forma, dou-lhes razão em muitos assuntos — mas no geral são um pouco irritantes e convencidos que estão a fazer uma diferença bestial. Um dia destes acordam para a realidade e aquilo passa.

  4. Rita

    E entre aqueles que estão realmente decididos a abdicar das mordomias do mundo moderno por esta causa está-se a escrever uma lista prática (ver URL) para a qual se aprecia qualquer contribuição, por mais pequena que seja ;)

  5. jose rui fernandes

    Cara Rita, acho que ninguém está realmente decidido… Os poucos eremitas que o conseguiram, pouca diferença fazem (esses e os povos que por uma razão ou por outra ainda vivem sem causar grande impacto na natureza).

    Gostei do blog (já destaquei) e gostei da lista (vou destacar um destes dias).

    Segundo li em várias fontes, há duas acções a um nível pessoal que provocam um efeito máximo — deixar de andar de avião e deixar de andar de carro. O tráfego aéreo só aumenta (ainda agora no Skype um amigo me dizia que ia passar o fim de semana a Marselha porque a viagem era 2 cêntimos) e o tráfego automóvel só aumenta.

    Eu consigo não andar de avião (a última viagem foi aos EUA há uns seis anos), mas não consigo deixar de andar de carro. E este ano, com a miudagem na escola, vou fazer mais kms. É assim que as coisas são.

    E em Outubro vou andar de avião… Vou a uma feira de casas de madeira em França…

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