Não há relação entre o Sol e o aquecimento global +

Recreating Eden
É um programa da TV canadiana que ajuda a crescer três jardins comunitários (mas foca variados assuntos).

Práticas pouco ecológicas dos artistas do Live Earth
Já no Live Aid de Bob Geldof sempre se falou melhor da fome em África depois de um bom banquete e da pança bem cheia. Esta reacção estava mais que prevista e estes concertos talvez sirvam para abrir brechas e desentendimentos na comunidade ambiental e pouco mais. Para mim, foi uma completa chachada e desperdício de energia.

Tree-Nation é mais um projecto com o objectivo de plantar árvores
Desta vez são 8 milhões no deserto do Saara. Funciona como aquelas comunidades online e surpreendentemente recebi aqui um convite de uma participante da Argentina. Está pequeno este Mundo.

A Fox News é um canal sem credibilidade nenhuma
E não é só sobre o aquecimento global. É tudo.

O projecto Raízes tem uma nova página

Consumo de petróleo no Mundo, per capita
E o total. Os EUA têm uma bela barra. Nation Master.

Lula da Silva diz que biocombustíveis não ameaçam a Amazónia
Não me acredito em nada que este senhor diz. E praticamente todos os políticos. Público.

O Jardineiro
O senhor Arménio da Costa, do Jardim Botânico de Coimbra. Aba de Heinsenberg.

Não há relação entre o Sol e o aquecimento global
A ver o que a imaginação dos cépticos nos trás a seguir. BBC.

Luz das primeiras galáxias do Universo
BBC.

Uma resposta para“Não há relação entre o Sol e o aquecimento global +”

  1. pontoverde

    Na antítese dos excelentes links com que sempre nos presenteia e com a beleza do dia a dia no Sargaçal.

    Vereador do ambiente do Seixal sugere que defensores de zona verde poderiam ter ateado fogo a uma floresta para que não construíssem nela!

    ver em http://www.a-sul.blogspot.com

  2. Pedro Tildes Gomes

    Não há relação entre o Sol e o “Aquecimento Global”?!!!
    Como é que isso se pode ver quando se comparam gráficos com uma janela temporal de 25 anos (1975-2000)??!! Não basta fazer gráficos e escolher o período que dá jeito e, seguidamente, tirar conclusões ridículas. O clima não se altera numa escala temporal de duas décadas e meia. Aliás, define-se clima como as condições médias meteorológicas de pelo menos 30 anos. Isto está relacionado com o que se convencionou para populações estaísticas suficientemete grandes para serem válidas. Mas mesmo em 30 anos há muita oscilação climática que não é detectada, ou sejam, as oscilações de baixa frequência.
    Vamos ver se me faço entender. Não acredito no Aquecimento Global mas acredito em alterações climáticas induzidas ou acentuadas pela acção humana. Só não aceito que me falem em aquecimento e, ainda por cima, global. Aquecimento global e Alterações climáticas são dois conceitos distintos, em que o segundo, apesar de mais abrangente é mais roigoroso.
    Partindo do mesmo raciocínio que é feito na análise desses gráficos, poderia indicar-lhes alguns bastante mais válidos por terem em conta períodos de milhares de anos.Por exemplo, como se explica que mesmo hoje as temperaturas ainda não ultrapassaram as que se registaram durante o óptimo climático romano. Será que a poluição na época dos romanos era assim tão elevada que justificasse temperatruras médias mais elevadas que as actuais? E o óptimo climático da Idade Média que precedeu a Pequena Idade do Gêlo?

  3. José Rui Fernandes

    Como é que isso se pode ver quando se comparam gráficos com uma janela temporal de 25 anos (1975-2000)??!!

    Eu entendo este artigo como o arrumar do assunto e uma resposta, principalmente a políticos norte-americanos de má qualidade e de curto prazo. A esses e a desinformadores profissionais ao seu serviço, como por exemplo a Fox News.
    O que se vê nos gráficos (que vou tomar como correctos) é que enquanto esses senhores clamam que o Sol e não o Homem é o responsável pelo aquecimento global, o astro diminiu a sua actividade. Até podia ser um intervalo menor.
    De resto, o que se tem observado nos cépticos é que, esses sim, escolhem os intervalos que convêm ao momento e aos argumentos, cada vez mais fracos, que vão exibindo.

    Apesar de achar que o aquecimento global é uma realidade (é um aumento da temperatura média global, com aumento de temperaturas máximas e eventuais diminições de temperaturas mínimas em alguns locais), eu também já disse que achava que os seus efeitos serão essencialmente locais. Também acho que não será aí que andará grande discordância.

  4. Lowlander

    “Por exemplo, como se explica que mesmo hoje as temperaturas ainda não ultrapassaram as que se registaram durante o óptimo climático romano.”

    Isto, para o colocar em termos eufemisticos e uma representacao inapropriada da realidade.
    A temperatura media global e, desde finais da decada de 90 a maior desde ha 10000 anos.

  5. Pedro Tildes Gomes

    Com toda a certeza que há 10000 anos atrás estávamos no final da glaciação wurmiana. Por essa ordem de ideias pode recuar até bem mais para trás (19 000 anos), por exemplo até ao máximo do frio durante o Wurm. No entanto, o Lowlander está mal informado. Se calhar anda a ler Al Gore a mais. Vá a revistas científicas e compare os registos entre os óptimos climáticos romanos e da Idade Média e, depois, explique-me, porque diz que estas são as temperaturas mais elevadas dos últimos 10 000 anos.
    Mais uma vez reafirmo que, tendo o homem capacidade de alterar a composição química da atmosfera, tem com toda a certeza a capacidade de alterar o clima. Mas, o aquecimento global só acontecerá no dia em que o Sol se transformar numa gigante vermelha.
    Quanto ao canal FOX nem o costumo ver porque também não os tenho como “legítimos” representantes do saber. No entanto, continuo a afirmar que não posso tirar conclusões sobre períodos de 25 anos. Por acaso o José Rui Fernandes conhece aqueles passatempos em que uma pequena parte de um objecto aparece ampliada e nós temos que perceber do que se trata? Ao analisar esses gráficos (dos quais também não tenho razões para duvidar de que estão correctos) é o mesmo que estar a olhar para uma molécula de água e tentar perceber se se trata de um copo de água, de um copo de vinho, de um rio ou de um oceano. Falta muita informação.
    Sou, de facto, utilizando as suas palavras, um céptico do aquecimento global. É uma teoria que não se verifica nem sequer faz algum sentido. Mas ser céptico não significa ser fundamentalista. Só acho que o aquecimento global tem servido para tudo:
    a) Para desresponsabilizar autarcas corruptos do mau ordenamento do território do país;
    b) Deitar as culpas dos problemas ambientais para os americanos e os chineses que estão muito longe e, portanto, não terei nada a ver com isso;
    c) Para descentrar a discussão de problemas ambientais locais e globais verdadeiramenete importantes.
    O aquecimento global serve ainda para explicar tudo: se chove muito, se chove pouco, se faz frio, se faz calor. Até já ouvi “cientistas” como a Clara Pinto Correia afirmar, naquela emissão televisiva ridícula do canal 1 (o Live Earth) que até provoca Tsunamis cada vez maiores. Fantástico!!!
    Mas se o José Rui fernandes também acha que os efeitos serão locais, então porque se fala em aquecimento “global”??

  6. Lowlander

    1 – Voce nao pode tirar conclusoes acerca do aquecimento global do planeta baseando-se em comparacoes regionais. De qualquer das formas mesmo comparando com o optimo medieval (e nao optimo Romano) as temperaturas actuais sao superiores.

    http://www.ncdc.noaa.gov/paleo/globalwarming/medieval.html

    E ja agora boa parte dos graficos usados para fazer essas comparacoes costumam ser graficos farinha amparo. Qual e a sua fonte?
    2 – Disse 10000, erro meu, deveria ter dito 7000 anos… as temperaturas actuais sao apenas comparaveis as do Holocenio medio.
    3 – A que revistas se refere? E que as diversas comparacoes de variaveis proxy da temperatura media da Terra todos indicam aumentos de temperatura anormais comparando com o registo historico.
    No site da NOAA (National Oceanic & Atmosferic Administration) pode encontrar uma lista de todos estudos de comparacao de variaveis proxy da tempertura media global juntamente com quais as variaveis escolhidas em cada estudo e como foi coligida a informacao.

    http://www.ncdc.noaa.gov/paleo/paleo.html

  7. José Rui Fernandes

    Mas, o aquecimento global só acontecerá no dia em que o Sol se transformar numa gigante vermelha.

    Não é o que dizem as investigações, os números e os dados conhecidos. Aliás, como julgo que sabe as causas apontadas estão cada vez mais gravosas. É pior cada dia que passa.

    Quanto ao canal FOX nem o costumo ver porque também não os tenho como “legítimos” representantes do saber.

    Neste caso e como já tenho dito antes, quando a má fé impera, quando há caciques da casa branca a alterar relatórios e tudo o mais já aqui muito discutido, não é do saber científico que se trata. Mas é uma boa indicação que a verdade deve andar no sentido diametralmente oposto do que esta gente diz — e disso é que eu não tenho a mínima dúvida.
    Já respondi a essa questão do gráfico e dos 25 anos. Serve como resposta cabal aos que já apresentavam o Sol como a causa do aumento das temperaturas.

    O aquecimento global serve ainda para explicar tudo: se chove muito, se chove pouco, se faz frio, se faz calor.

    É verdade que se está calor nas notícias é o “aquecimento global”; mas se neva da Argentina, notórios sites de cépticos dizem logo que é a prova que o aquecimento global é uma fraude, etc, etc. O que é que isso interessa? Há burros de primeira e de segunda, mas já o meu avô dizia que um burro com um canudo debaixo do braço é um doutor. Ou seja, por mim já aprendi há muito tempo a distinguir informação de chachada.

    Para quê comentar a Clara Pinto Correia? Acho um bocado grave dizer essas coisas para toda a gente ouvir, mas o problema é essencialmente dela.

    Mas se o José Rui fernandes também acha que os efeitos serão locais, então porque se fala em aquecimento “global”??

    Então, se o objecto da análise é a Terra globalmente, o aquecimento é global. Mas já se viu e estão os cenários previstos — e no Canadá até é argumento dos cépticos e dos defensores do “business as usual” –, que haverá regiões potencialmente beneficiadas. O facto dos efeitos se traduzirem localmente não torna o fenómeno menos global. Mas isto acaba por estar reduzido a uma questão de semântica.

  8. Pedro Tildes Gomes

    O Lowlander sabia que o artigo de Mann et al. onde está representado o famoso “hockey stick” já foi suficientemente posto em causa e até já foi declarado o “óbito” do famoso taco de hóquei. Este artigo deu origem a uma das mais conhecidas novelas na história da climatologia, que um dia destes lhe poderei contar em pormenor. Mas, para já, saiba que Michael Mann foi acusado de deturpar os dados e mesmo a conceituada revista Nature (onde este artigo foi publicado) veio posteriormente tentar defender-se com desculpas esfarrapadas. Houve mesmo quem se tivesse dado ao trabalho de pedir os dados a M. Mann para confirmar os resultados.
    O artigo de M. Mann está aqui:
    http://www.caenvirothon.com/Resources/Mann, et al. Global scale temp patterns.pdf
    Este famoso taco de hóquei nega evidências já há muito estabelecidas como o período quente medieval e a pequena idade do gêlo. O que aparece é um aquecimento anómalo no século XX e, para trás, um andamento monótono das temperaturas. Isto está errado!!!
    Dois canadianos pediram os dados com a M. Mann (que numa primeira fase recusou cedê-los!!!), mas os canadianos (McIntyre e McKitrick) não se deixaram vencer. Os resultados foram publicados em :
    http://www.climate2003.com/pdfs/2004GL012750.pdf
    Mas não foram somente estes dois autores que negam a existência do “ridículo Hockey stick”.

    Veja, só a título de exemplo:
    http://www.worldclimatereport.com/index.php/2006/10/17/another-swipe-at-the-hockey-stick/

    http://www.worldclimatereport.com/index.php/2006/12/08/a-stickier-handle-on-the-hockey-stick/

    http://www.worldclimatereport.com/index.php/2005/03/03/hockey-stick-1998-2005-rip/
    Poedria dar-lhe uma lista infindável de artigos publicados em revistas da AMS, AGU, EGU, RMS, etc., é só escolher.
    Para finalizar, Lowlander,
    1 – posso tirar conclusões globais, a partir de estudos regionais.
    2 – Em que época é que acha que se registou o óptimo romano? Não acredita que ele existiu?

  9. José Rui Fernandes

    o famoso “hockey stick” já foi suficientemente posto em causa e até já foi declarado o “óbito” do famoso taco de hóquei

    Olhe que esse gráfico é uma autêntica fénix que renasce constantemente. E não me consta que o autor o tenha renegado. Com ligeiras alterações continua a constar dos relatórios do IPCC.

  10. Lowlander

    “1 – posso tirar conclusões globais, a partir de estudos regionais.”

    Se o faz, e ignorante. Desculpe qualquer coisinha.

    “2 – Em que época é que acha que se registou o óptimo romano? Não acredita que ele existiu?”

    Existir existiu simplesmente:
    a) nao foi sequer tao pronunciado quanto o medieval.
    b) como o actual e maior que o medieval (a discussao subitamente ficou meio falica mas prosseguindo…) obviamente o romano e irrelevante nesta discussao.

    Quanto ao “Hockey stick”:

    1 – Para comecar nao e UM grafico e sim uma ponderacao de numerosos graficos baseados em variaveis proxy.
    2 – Como o JRF esta tao morto e enterrado que continuam a aparecer versoes actualizadas nos relatorios do IPCC que vao saindo.

    Desmistificando o mito:

    http://www.realclimate.org/index.php?p=11

    De uma vista de olhos pelo “mith #1”

  11. Lowlander

    PS

    Continuo (pacientemente) a espera desses graficos publicados em revistas cientificas sujeitas a peer review que demonstram que optimo climatico medieval teve temperaturas medias globais superiores as de hoje.

  12. Pedro Tildes Gomes

    Continue à espera Lowlander…
    Entretanto vá lendo o que escrevi ontem e siga os links.Tem lá muitas referências e uma literatura de blog bastante mais acessível. No entanto, duvido seriamente que vá ler mais alguma coisa que não seja IPCC, o Real Climate ou até, o inenarrável SIAM (leia-se o IPCC à portuguesa).

  13. Osvaldo Lucas

    “The Sun varies on a cycle of about 11 years between periods of high and low activity.
    But that cycle comes on top of longer-term trends; and most of the 20th Century saw a slight but steady increase in solar output.”

    Isto quer dizer que a actividade solar tem aumentado de acordo, genericamente, com o aquecimento global!

    Realmente é interessante terem escolhido o período 1975 – actualidade. Vide o gráfico de evolução de temperaturas na pág. 12 das FAQs do IPCC
    http://ipcc-wg1.ucar.edu/wg1/Report/AR4WG1_Pub_FAQs.pdf

    Aproveito para manifestar a minha repulsa pela representação de derivadas cada vez maiores à medida que o intervalo temporal diminui em relação à actualidade.

    Mas, mesmo assumindo que o Sol não tem influência significativa na evolução da temperatura global, será que deveríamos por esta hipótese de parte antes de atribuirmos 90 e muitos % da causa do aquecimento ao Homem? Ou temos de ser, obrigatoriamente, os principais culpados?

  14. José Rui Fernandes

    Isto quer dizer que a actividade solar tem aumentado de acordo, genericamente, com o aquecimento global!

    Isso está em contradição directa com o estudo apresentado no artigo. Qual é a fonte?

    Mas, mesmo assumindo que o Sol não tem influência significativa na evolução da temperatura global, será que deveríamos por esta hipótese de parte antes de atribuirmos 90 e muitos % da causa do aquecimento ao Homem? Ou temos de ser, obrigatoriamente, os principais culpados?

    A única hipótese que eu vejo colocar de lado constantemente é a de ser o Homem um dos responsáveis pelas alterações climáticas. De resto, investigadores sérios, que eu saiba, não colocaram de lado nenhuma hipótese.
    O que é óbvio é que as emissões e a destruição ambiental está descontrolada e a piorar. Culpado ou não culpado, quais são as acções que devem ser encetadas na sua opinião? Se é que há acções a encetar, isto é, se calhar está tudo bem e a recomendar-se vivamente.

  15. Osvaldo Lucas

    José Rui Fernandes: Não não está em contradição com o estudo. O que este indica é que nos últimos 30/40 anos a actividade solar diminuiu e a temperatura cresceu (como é evidente não tenho quaisquer dados ou informações que possam “des” ou crediblizar esta afirmação.
    Mas, a notícia, afirma, como transcrito, que a actividade solar tem aumentado, genericamente no séc. XX. O que não quer dizer que seja esta a principal causa do aquecimento!

    “But the organisation (IPCC) was criticised in some quarters for not taking into account the cosmic ray hypothesis, developed by, among others, Henrik Svensmark and Eigil Friis-Christensen of the Danish National Space Center”, ou seja, aparentemente o IPCC não terá feito todos os trabalhos de casa. E estão a ser feitos uns estudos quaisquer para estudar melhor os efeitos das núvens no clima… ou seja a discussão não está fechada, logo atribuir à Humanidade o aquecimento verificado parece-me pôr o carro à frente dos bois.

    Ainda estou para perceber como é que é possível a uma organização colocar um gráfico como o da pág. 29 das FAQs do IPCC http://ipcc-wg1.ucar.edu/wg1/Report/AR4WG1_Pub_FAQs.pdf onde é apresentado o resultado da evolução das temperaturas SE NÃO HOUVESSE ACÇÃO ANTROPOGÉNICA. Como não é possível voltar ao tempo antes da Revolução Industrial e recriar a história sem esta, qual o significado de gerar dados a partir de modelos que NÃO PODEM ser comparados com quaisquer registos? Claro, podiam gerar dados para o que teria acontecido antes de 1900 e comparar com os existentes e averiguar da “bondade” dos modelos… Como não fazem, não fico com um pé atrás sobre a teoria do aquecimento global de acção antropogénica. Fico com os dois!!

    A questão sobre o que devemos fazer é muito interessante.
    Concordo que a destruição ambiental está descontrolada – poluição dos mares, água doce, gases que provocam chuvas ácidas, emissão de micropartículas para a atmosfera, medicamentos nos aquíferos, etc, etc. E aí devemos actuar como pudermos, e é de louvar o número elevado de blogues sobre estas temáticas do ambiente, embora na Internet preferisse que a União fizesse a força, ou seja menos blogs e mais participação. Assim são demasiados sem grande peso individual.

    Sobre as emissões vejamos as duas hipóteses possíveis:
    – O aquecimento não é afectado significativamente pela emissão de CO2, logo é indiferente emitir mais ou menos. Logoa quem promove energias renováveis como a salvção do mundo está em maus lençóis (económicos).
    – O CO2 é um perigo e vamos “esturricar” no curto prazo. A solução é obviamente, contunuar a lançar CO2, pela simples razão de que, segundo o IPCC se, a nível global conseguirmos, amanhã reduzir 50% das emissões, o CO2 iria estabilizar ou crescer lentamente (vide a pag. 33 das FAQs.
    Como tal é impossível, a não ser que, voluntariamente voltemos todos á Idade da Pedra, continuamos a poluir e a tentar minorar os efeitos adversos que ocorram (inundações, ondas de calor, etc).
    E seria possível que todos os países assinassem um super Kioto no muito curto prazo? Claro que não! Qualquer país que não o assinasse (ou que mudasse de ideias a meio) teria óbvias vantagens económicas face aos que fossem bonzinhos…. Se os USA, ou a China, ou a Índia se recusassem, o que que faríamos? Ia-mos invadi-los?
    (Sobre este problema de nem sempre se fazer o que, obviamente, seria melhor para todos, vide o livro “O Gene Egoista”, de Richard Dawkins, principalmente o capítulo onde é abordado O Dilema do Prisoneiro).

  16. José Rui Fernandes

    Não não está em contradição com o estudo.

    Tem razão, desculpe não reli a notícia para lhe responder.

    Pelo que percebo, não considera válida a pesquisa e desenvolvimento baseada em modelos — pelo menos neste caso. Eu sim, apesar da enorme complexidade do sistema climático.
    Há muitas áreas da ciência que se basearam em modelos para chegar onde chegaram. Nesse sentido, hoje é até mais fácil, tal o poder de processamento à disposição.
    Em termos climáticos passados, pelo que julgo saber, os modelos têm acertado com uma frequência assinalável.

    atribuir à Humanidade o aquecimento verificado parece-me pôr o carro à frente dos bois

    Olhe que é uma hipótese que já vem dos anos 30 (ou 50). Se calhar ainda não há estudos suficientes. A prudência a mim diz-se que se calhar há. E se calhar não é avisado continuar neste rumo. Mas o que é que eu sei?

    E aí devemos actuar como pudermos, e é de louvar o número elevado de blogues sobre estas temáticas do ambiente, embora na Internet preferisse que a União fizesse a força, ou seja menos blogs e mais participação. Assim são demasiados sem grande peso individual.

    Não acho que existam muitos. Peso e poder não há em nada que se relacione com o ambiente e neste país então é praticamente zero — a começar pelo ministério do mesmo nome.
    Há umas vitórias aqui e ali que globalmente significam pouco e é sempre a correr atrás do prejuízo.

    Como tal é impossível, a não ser que, voluntariamente voltemos todos á Idade da Pedra, continuamos a poluir e a tentar minorar os efeitos adversos que ocorram (inundações, ondas de calor, etc).

    Essa teoria não é má. Só falta implementar — a julgar pelo Katrina (por exemplo) ou as cheias em Inglaterra este ano (por exemplo), até os países ricos andam com dificuldades em evitar milhares de milhões de prejuízos — assumidos não pelos alegados responsáveis, mas por todos — , isto para reduzir a questão à sagrada economia. As populações pobres, animais, natureza e estorvos em geral, mais vale desaparecerem de uma vez e não chatearem.

    Acho piada a consideração que sem combustíveis fósseis a alternativa é a idade da pedra. A julgar pelos indicadores de consumo, a idade da pedra foi o ano passado. Num Verão como o deste ano, Portugal volta a bater o recorde de consumo energético — deve haver algum grande indicador de desenvolvimento por detrás disto. A potência eólica instalada não dá sequer para cobrir o aumento no consumo ano após ano. É o progresso da nossa terra e está à vista.

  17. Osvaldo Lucas

    Está completamente enganado sobre os modelos!
    Como a teoria é muito (demasiado?) complexa, o melhor é mesmo tentar usar modelos matemáticos. Agora usá-los para estimar dados que não há maneira de comprovar (ou seja, o que aconteceria se não houvesse aumento de CO2)e não os usar (ou pelo menos não o mostrar nas FAQS) para datas antes de 1900 para ver se os rsultados batem certo com as medições!!!

    Sobre os blogues da internet, preferia que houvesse dez blogs com mil participantes cada, do que 1000 com dez participantes cada…

    Sobre as destruições de fenómenos extremos, além dos custos de Katrinas temos de considerar quais os custos de implementar uma versão hard-core de Kioto (se tal for possível como tentei demonstrar que não o é). E depois escolher a de menor custo!!

    Sobre o Katrina em si. Pelo que vi num documentário sobre os efeitos deste, a cidade não foi construída no melhor sítio (proximidade de um grande rio, cotas baixas, etc) e não é comum os furacões passarem naquela zona (o que é óbvio, seria uma loucura construir uma grande cidade em zona de furacões). Mas furaccões de grau 5 não são tão incomuns quanto isso e aquele teve o percurso que teve…

    Sobre as inundações em Inglaterra são, de facto raras, mas isso significa que acontecem!! Só poderemos atribuir culpas à teoria do aquecimento global, ou melhor aos modelos matemáticos, que aponta para um aumento da frequência deste tipo de fenómenos, se tivermos um historial suficientemente alargado no tempo para podermos discernir tendências de aumento de precipitação.
    Parece que há um artigo novo na revista Nature que tenta provar que este fenómeno se está a verificar.
    Quando o vir por aí verei se há algum aspecto, do ponto de vista de um leigo, que possa criticar ou comentar.

    Aproveito para sugerir uma visita a um blog defensor da teoria do estacionamento climático, da má política do IPCC, entre outros.
    http://mitos-climaticos.blogspot.com/

  18. José Rui Fernandes

    Começando pelo fim, o Mitos Climáticos na minha opinião não tem credibilidade. Nenhuma. Como falou nele, fui dar uma olha a ver — e continua na mesma, opiniões e mais opiniões com um bias indisfarçável a fazer de conta que é ciência.
    Aliás, tem lá uma carta muito interessante a reclamar com a RTP por uma razão qualquer e a clamar a exibição do “The great global warming swindle” para contrapor à “pantomina de Al Gore”. Faltou foi dizer se o digníssimo engenheiro se refere à versão original, ou à versão fortemente editada de onde foram retiradas as falsidades mais clamorosas. Mas de um programa do Channel Four, pouco mais seria de esperar. Era o mesmo que a TVI produzisse um programa a desmentir o aquecimento global, entre as telenovelas. Patético.
    Mas para o autor do Mitos Climáticos é coisa fina, digna de passar na RTP, canal “pago pelo público”.
    Leia a resposta de George Monbiot a esse programazeco.

    Está completamente enganado sobre os modelos!

    Não acho. Esse regresso ao passado tem sido uma forma eficaz de testar a sua fiabilidade.

    Sobre os blogues da internet, preferia que houvesse dez blogs com mil participantes cada, do que 1000 com dez participantes cada…

    Eu também gosto de muita coisa e até gostava de 1.000 blogues ambientais, com 10.000 participantes. Mas uma coisa é visitar, outra é comentar — na verdade se muito mais gente comentasse eu também não fazia mais nada o que não é possível. Desde Março de 2006 este blogue já teve 75.000 visitantes diferentes (185.000 a contar com visitas repetentes). Mas os “habituais” calculo entre 1500 e 2000 leitores por mês.

    Sobre as destruições de fenómenos extremos, além dos custos de Katrinas temos de considerar quais os custos de implementar uma versão hard-core de Kioto (se tal for possível como tentei demonstrar que não o é). E depois escolher a de menor custo!!

    Discordo totalmente. Há coisas que não têm preço e não há economistas suficientes no Mundo para me convencer que têm. A extinção, a vida, a degradação irreversível… Não aceito que em nome de interesses a maior parte das vezes particulares, se atribua um preço a esses valores.
    O que está a acontecer é que apesar disso, se tem comprovado que o ambiente pode ser um bom negócio. Também não agir atempadamente pode custar mesmo muito caro (incluindo em valores para mim sem preço).

    Sobre as inundações em Inglaterra são, de facto raras, mas isso significa que acontecem!!

    Quer dizer que são raras no Verão.

  19. Osvaldo Lucas

    Os meus sinceros parabéns pela visibilidade do blogue!

    Sobre os modelos creio que não me explicitei bem. Os modelos podem e devem ser usados! Continuo a achar que há certos assuntos onde são absolutamente proibidos, como estimar dados que não podem reproduzidos e que se assumem como “verdadeiros”, tais como estimar as temperaturas se não tivesse havido aumento de CO2…

    Sobre o Swindle é-me indiferente que fosse passado na TV ou não… está na Internet!, e as críticas ao An Incovenient Truth também não são meigas…
    Mas, durante 50 dias tivemos 5 minutos a alertar para os perigos do aquecimento global e felizmente a maior parte das pessoas com credibilidade que lá foi falar ignorou esta parte e falou de perigos mais concretos e imediatos (poluição da água, etc). E mais um dia com N entrevistas sobre como evitar o aquecimento global e relacionados, e ainda concertos truncados com a mesma premissa. E as minorias(?) (os cépticos, os com dúvidas), não têm direito aos seus 10 minutos de fama?
    Apesar de tudo, a Teoria do Aquecimento Global por acção antropogénica não está tão bem estabelecida como a de Newton (que falha redondamente para grandes massas e velocidades próximas da luz!).
    Serviço público?

  20. José Rui Fernandes

    Olhe que não é muito. Sabe que o “internauta” é um ser que pouco se detém em alguma coisa. O que interessa é o próximo link… Mas não me posso queixar, o blogue tem tido um percurso minimamente interessante.

    Eu não tenho muito de positivo a dizer sobre o “An Incovenient Truth” a não ser o alerta. Muito menos o confundo com ciência.
    Também não tenho muito de positivo a dizer sobre a iniciativa Live Earth e ao que consta, que não vi, a transmissão da RTP foi só conversa…

    Mas não se preocupe que os cépticos estão sempre bem representados. O autor do Mitos Climáticos anda sempre por aí, ainda há pouco o vi numa apresentação de um programa qualquer (não sou muito bom em TV).
    Quer melhor representação do que os governos? Quer melhor representação que empresas com mais dinheiro e poder do que países? Quer melhor representação que canais inteiros e desinformadores profissionais dedicados a confundir o público?
    O pequenino do ambientalista um dia chega à televisão durante cinco minutos e vêm logo os optimistas tecnologicos dizer que isto está entregue à bicharada.
    Eu também gostava que as coisas fossem mais equilibradas em tudo. Infelizmente é assim (veja o meu post sobre os transgénicos — quem tem poder, o ambientalista ou a agro-química? — e é tudo assim, do aquecimento global à construção civil).

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