3.000 carvalhos e mais coisas
Fui a Cinfães na passada Quinta, após mais um longo interregno. E pela primeira vez nem fui ao Sargaçal. Resolvi relaxar. Encontrei-me com o Cláudio no Norte Shopping há 15 dias e disse-lhe para me limpar o estradão, designadamente a parte do vizinho de baixo. Daqui a pouco só passo de Unimog. Naturalmente não teve tempo. Nada de novo. Aliás, chega a ser reconfortante esta previsibilidade.
Estava quase a chegar e encontrei o senhor Franklim. Deixei o jipe e fui com ele a Cinfães tomar café. Tinha no jipe 15 árvores para ele. A questão com estas árvores que criei é que precisam de ir para a terra. E este ano sei que o senhor Franklim anda em plantações, vou dar-lhe algumas. Já estão tão grandes que só consegui levar 15. Para a semana levo mais. Mas assim, preciso de três viagens. Ele também se ofereceu para “tomar conta” do resto… isto é, regar no Verão e assim. Já que volto a não plantar praticamente nada este ano. Sou capaz de aceitar.
Depois fomos ver a plantação dos carvalhos nos baldios da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Ribeira de Tendais. Este sábado, ele mais uns trabalhadores e uns sócios iam até lá plantar mais e continuar a limpeza. Os alinhamentos de carvalhos maiores foi ele que adquiriu para aquilo ficar com melhor aspecto ainda este ano. Não deve haver muita gente no país a comprar carvalhos para plantar a ladear estradas nacionais… aliás, parece é que há por aí uma entidade meia delinquente, uma tal de Estradas de Portugal, que faz questão de os deitar todos abaixo. Mas aquilo está conforme a lei: a oito metros do centro da estrada.
Depois estivemos a ver algumas das belezas do gmail e fomos lanchar. Salpicão e essas coisas… Deu-me um livro “O Homem Que Plantava Árvores” que não sabia que existia em português (tenho uma versão inglesa). Também me deu kiwis e cinco litros de aguardente… e marmelada… e mel. É assim o senhor Franklim.
Não houve jantar na associação, regressei. Ainda encontrei o senhor Américo, mãe do Cláudio, irmão e Abel — este —, que há muito voltou aos salamaleques, aliás logo depois do “incidente” (o senhor Zé, na fotografia, já faleceu)… parei o jipe. Mais meia hora de conversa… toda a gente queria saber as minhas aventuras com os ligamentos… e ao frio, lá as contei mais uma vez.
Uma resposta para“3.000 carvalhos e mais coisas”
Creio que todos temos um vizinho assim quando vamos de visita ao terreno. Já fui a Amarante algumas vezes e não passei pelas Mogas, fiquei com a sensação estranha de quem passa à porta de um familiar querido e não toca à campainha para dizer um pequeno olá.
Abraço
Para mim foi a primeira vez… porque a viagem ainda é longa e normalmente vou com o tempo contado e por vezes stressado com o pouco que sei vou fazer vs. o muito que há para fazer. Mas este senhor Franklim é demais. Hoje foi épico outra vez.