Fundínio acusada de poluir a Senhora da Hora (actualização)
Quando toquei neste assunto, fiquei com a pulga atrás da orelha, com um dos detalhes desta operação orquestrada pelo senhor Narciso Miranda. Mas antes a legenda (ampliar a fotografia por favor):
01. Fundínio.
02. Urbanização das Sete Bicas, onde o Sr. Narciso habitou anos e anos.
03. Pequeno condomínio fechado em construção.
04. Lidl.
05. Piscina da Senhora da Hora, em acabamentos (óbvio).
06. Parque do Carriçal, (re)inaugurado recentemente (óbvio).
07. Continente, “o primeiro do país”.
08. ESAD, Escola Superior de Arte e Design.
09. Urbanização onde era a antiga fábrica de café Segafredo.
10. Campo do “Senhora da Hora”.
11. Linha do Metro (antiga linha da Póvoa).
12. Efanor, um antigo colosso, terrenos abarbatados pela Sonae, num negócio que merecia ser contado (mas eu infelizmente não sei).
13. Terrenos da antiga Efanor, já parte urbanizados pela Sonae, projecto Alcino Soutinho, 42.000 contos por um T2. Mesmo em frente do Norte Shopping, também ele em terrenos da antiga Efanor.
Pela fotografia do Google Maps, não é difícil compreender a apetência pelos terrenos da Fundínio. É praticamente a última unidade fabril resistente no perímetro (há também a moagem, junto à estação do Metro). Eu até poderia achar isso legítimo e natural. O valor do terreno é muito elevado, num acto de pura gestão, os responsáveis da fábrica realizam mais valias e deslocam-se para a periferia. Pacífico.
Mas esta pantomina?
«o “laxismo” das entidades que “permitiram este crime público”», brada o senhor Narciso Miranda!
O senhor Guilherme Vilaverde, não só é amigo de longa data do encantador presidente da câmara, como foi e pelos vistos ainda é, um dos seus homens de confiança. Inclusivamente (ainda não consegui apurar com exactidão), exerceu funções de responsabilidade na câmara de Matosinhos. É também presidente da Fedederação Nacional das Cooperativas de Habitação Económica. Um socialista dos quatro costados. Ainda recentemente participou em galantes comemorações e desde “efusivas mensagens do presidente da república” a representante do governo, houve de tudo. Na notícia do JN, aparece modestamente como presidente da Direcção da Cooperativa Sete Bicas, o que para quem lê se traduz como ilustre desconhecido, morador no local e lesado pela fábrica.
Não se percebe o papel dos jornalistas. Não sabem de nada disto, não questionam o senhor Narciso Miranda, como ex-morador no local e como sendo de facto o responsável, e há demasiados anos, da entidade que autoriza a construção à volta da Fundínio, à volta da refinaria da Galp e um depósito de combustíveis da Cepsa em pleno perímetro urbano, a 100m de habitações. Como é que ele diz? “Laxismo e crime público”?
De concreto e como sempre, não há aqui nada. Isto vai ser tudo como manda o figurino. A maior parte do que se passa é segundo a lei ou os buracos dela, como diz o outro. O que tem vindo a público é essencialmente por zangas de comadres, que depois quando chega a hora, ficam todas muito esquecidas.
Não deixa de ser assustador, o modus operandis de pessoas, que deviam de ser exemplos de ética, conduta e cidadania, traduzindo-se na realidade na negação de tudo isso. E é generalizado. A culpa é do alumínio que anda no ar.
PS: Eis que recebemos uma carta do senhor Narciso Miranda sobre a piscina da Senhora da Hora. Termina o inefável autarca, entre letra de imprensa e caneta de feltro a imitar o próprio punho: “Com os melhores cumprimentos, e a estima pessoal (falta o ponto). A vila da S. da Hora merecia uma piscina”.
Pois acho que sim. Não merecia era um autarca deste calibre. Como é que se pode conceber, que um país com as dificuldades económicas do nosso, se dê ao luxo de continuar a esbanjar dinheiro desta forma. Dizem que o custo em propaganda quintuplicou, mas não estão a contar com os dinheiros não declarados e com esta abjecta propaganda travestida de “carta ao munícipe”. E isto, é por todo o lado onde há um autarca.
Uma resposta para“Fundínio acusada de poluir a Senhora da Hora (actualização)”
Parabens pelo cuidado de disponibilizar o mapa, a legenda e demais pormenores sobre este caso mais que duvidoso.
Os meus parabéns. Um bom trabalho de investigação e um belo exemplo de uma cada vez mais necessária cidadania ambiental.
É quase inacreditável que os jornalistas não se preocupem em investigar as notícias que publicam.
Era bom que, tal como no que deveria acontecer com os juízes, os bons profissionais se insurgissem contra os autênticos tiros nos pés dos maus profissionais.
E os donos desses jornais, também ainda não perceberam que ninguém compra um jornal em quem não pode acreditar. E que cada vez que cometem uma falha tão flagrante como esta, perdem um leitor.
Exºs Senhores:
Eu abaixo identificado, venho através deste meio solicitar, o sentido de poderem indagar/averiguar e divulgar os negócios existentes entre as diversas entidades (Câmara Municipal de Matosinhos; Cooperativa da Sete Bicas e eventual/s administração desta zona habitacional).
Pelo seguinte motivo:
Sou morador da Rua Mendes Leal nº 25 desta Cooperativa das Sete Bicas Senhora da Hora, desde sempre conheci jardineiros que através da cooperativa estão nesta Urbanização a trabalhar. O conhecimento que nos chega é que são pagos pela entidade empregadora, mas é feita a cobrança por cada moradia a quantia de 5 € mensais ora assim e sabendo que só de moradias são 180 passam a ser 900€ faltando ainda contabilizar as entradas dos dúplex que são sete que isto já faz muitos euros para pagarem a dois jardineiros.
Acontece ainda que no início foi destinado para um pequeno horto de plantas e eventual entulho saído dos jardins que vem sendo utilizado por alguém que se desconhece para plantar couves e tomates e outros, passando a ser local de entulho num jardim no meio da Urbanização chegando este a permanecer durante 15/20 dias o que já foi verificado a existência de ratos. Não chegando esta foi ainda colocado em cima de um largo em cimento os ecopontos de garrafas/papel/ e plástico, provocando assim nomeadamente o de garrafas uma grande mancha negra no chão e maus cheiros visto que este não são lavados.
Já por diversas vezes se tentou saber quem manda/mandou proceder a estas alterações e a resposta foi nenhuma a não ser à uma semana atrás por altura da campanha eleitoral para as autarquias que colocaram uma placa no local do entulho a chamar a atenção do problema e falaram no assunto mas a partir dessa data nada mais foi resolvido nem falado.
Considero assim ser um vergonha.
Assim e para o efeito envio algumas fotos deste evento ( entulho).
Adão José Pinheiro Machado, residente na Rua Mendes Leal nº 25 Senhora da Hora
So’ quem nao vive perto da dita Fabrica Fundinio e’ que nao ouve os elevados decibe’is que a referida fabrica emite dia e noite para alem dos elevados poluentes ambientais…Nao sei como ha pessoas tao insensiveis a problemas que a todos diz respeito.
O amigo Nuno Ramos devia e estar caladinho porque quando foi feita a urbanização já lá existia a Fundinio ( Indufer,Emoaço )OK.
Sim Sr. Nuno Ramos, esteja caladinho, pois essa fabrica já existe há mais tempo que essa urbanização das 7 bicas, para onde o Sr, Narciso foi morar, e na altura nada lhe incomodou.
Em relação aos terrenos, deviam eram investigar porque o Sr, Adão, dono dos terrenos onde o continente está construindo e a cooperativa, apareceu morto na sua casa, assassinado. Procurem nos jornais da época. anos 80. isso sim também devia ser investigado, pois depois disso o continente e a cooperativa ganhou asas e foi construída num ápice.